O rádio é mais do que um aparelho: é patrimônio cultural, memória viva e companheiro de gerações. No Brasil, sua história se mistura com a evolução tecnológica, o surgimento de vozes icônicas e o impacto social de levar informação e entretenimento a todos os cantos do país.
Neste artigo, você vai conhecer uma linha do tempo clara, ilustrada com peças do nosso acervo no Museu do Rádio, mostrando como os transmissores de galena deram lugar aos elegantes rádios de válvula e, depois, aos práticos transistores.
🎙️ 1922: O primeiro sinal de rádio no Brasil
Em 7 de setembro de 1922, durante o centenário da independência, aconteceu a primeira transmissão radiofônica do Brasil, com um discurso do presidente Epitácio Pessoa, transmitido a partir do Corcovado, no Rio de Janeiro.
📸 Imagem do acervo: Detalhe de um detector de galena original, usado em rádios de escuta na década de 20.

Os primeiros rádios utilizavam detectores de galena, cristal semicondutor que permitia captar sinais sem amplificação, sendo necessário o uso de fones de ouvido. Era uma tecnologia simples, mas revolucionária para a época.
📻 1930: A era das emissoras e a popularização do rádio
Com a fundação de emissoras como a Rádio Sociedade do Rio de Janeiro (1923) e a Rádio Record (1931), o rádio se popularizou como meio de comunicação de massa. O surgimento das válvulas termo-iônicas possibilitou amplificação de som, eliminando o uso obrigatório de fones e permitindo a construção de rádios com caixas acústicas.
📸 Imagem do acervo: Rádio Philco de válvulas, 1938, modelo caixa de madeira, ainda em funcionamento no Museu do Rádio.

🗣️ 1940-1950: O rádio como unificador nacional
Durante a Segunda Guerra Mundial e os anos posteriores, o rádio consolidou-se como ferramenta de união do país. Transmissões como o Repórter Esso informavam diariamente milhões de brasileiros, e as radionovelas conquistavam audiências fiéis.
📸 Imagem do acervo: Rádio Telefunken de 1947, com escala em ondas curtas e médias.

O design dos rádios também evoluiu, tornando-se móveis elegantes nas salas brasileiras. Muitos desses rádios estão preservados e funcionando em nosso museu.
⚡ Anos 60: A revolução do transistor
Com a chegada dos transistores, os rádios ficaram menores, mais portáteis e acessíveis. Os rádios de bolso, a pilha, passaram a acompanhar as pessoas em qualquer lugar, tornando o rádio ainda mais presente no cotidiano.
📸 Imagem do acervo: Rádio portátil GE de 1965, modelo transistorizado, utilizado em coberturas de jogos de futebol.

❤️ O rádio permanece vivo
Mesmo com o avanço da internet, o rádio mantém sua relevância, seja no carro, em transmissões online, ou nos aparelhos antigos que ainda encantam com seus dials iluminados e ruídos característicos ao buscar uma estação.
O Museu do Rádio existe para preservar essa história e mostrar que o rádio é, antes de tudo, uma ponte entre gerações e um veículo de cultura e memória.
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