A Grande Migração: Como o Rádio Criou a Televisão

Em 1950, Assis Chateaubriand trouxe para o Brasil a Televisão (TV Tupi). Muitos achavam que seria o fim do rádio. No entanto, a história mostra que o rádio não morreu; ele serviu de “molde” e doador de órgãos para a TV.

A Matriz Criativa A televisão brasileira não nasceu do nada. Ela importou tudo do rádio. As primeiras novelas de TV eram, na verdade, radionovelas filmadas (muitas vezes com os mesmos textos). Os noticiários de TV seguiam o formato do Repórter Esso. Os programas de humor e de auditório migraram quase intactos de um meio para o outro.

A Migração de Talentos Atores, locutores, escritores e técnicos do rádio foram “sugados” pela televisão. Nomes icônicos como Chico Anysio, Hebe Camargo e Chacrinha começaram as suas carreiras no rádio antes de se tornarem lendas da TV. O rádio forneceu a voz, a experiência e o carisma que formariam a base da televisão nacional.

A Reinvenção Perdendo o glamour, as novelas e os grandes shows para a imagem da TV, o rádio teve de se reinventar nos anos 60. Deixou de ser o centro da sala e focou naquilo que a TV não conseguia fazer: agilidade, música e companhia pessoal. Nascia ali o rádio moderno: focado em jornalismo rápido (All News), prestação de serviço e segmentação musical (FM).

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