Entre os anos 1940 e 1950, o rádio viveu o seu apogeu. Não era apenas um aparelho num canto da sala; era um móvel de luxo, o centro das atenções e o palco dos maiores sonhos brasileiros. Foi a chamada “Era de Ouro”.
A Gigante Rádio Nacional No centro de tudo estava a Rádio Nacional do Rio de Janeiro. Com transmissores potentes, ela conseguia ser ouvida em quase todo o território brasileiro. Era a “Hollywood brasileira”. Ser contratado pela Rádio Nacional significava fama instantânea, salários altos e o status de celebridade.
As Rainhas do Rádio O fenômeno mais marcante dessa época foram os concursos de “Rainha do Rádio”. Não era apenas beleza, era popularidade e venda de votos (que revertiam para caridade).
A rivalidade entre as cantoras Marlene e Emilinha Borba dividiu o país. Fã-clubes agrediam-se nas ruas, o exército tinha de intervir nos auditórios e o país parava para saber quem venceria. Era o fanatismo pop muito antes da internet.
Os Programas de Auditório Os programas de auditório, comandados por nomes como César de Alencar e Manoel de Nóbrega, eram espetáculos grandiosos. O público lotava os teatros das rádios para ver os seus ídolos de perto, participar de gincanas e assistir às radionovelas sendo encenadas ao vivo, com sonoplastia feita na hora.