O Rádio na II Guerra: O Mundo em Tensão

Durante a Segunda Guerra Mundial (1939-1945), o rádio deixou de ser apenas entretenimento para se tornar uma questão de vida ou morte. Foi a “Guerra das Ondas”.

O Repórter Esso No Brasil, a guerra chegou aos ouvidos da população através de uma vinheta inconfundível e uma voz grave: a de Heron Domingues, no Repórter Esso.

Estreando em 1941, o Repórter Esso não era apenas um jornal; era a verdade oficial para os brasileiros. As pessoas paravam o que estavam a fazer para ouvir as últimas notícias do fronte. “O primeiro a dar as últimas” tornou-se o slogan mais famoso do jornalismo brasileiro.

A Guerra Psicológica As potências mundiais usavam o rádio para propaganda. A BBC de Londres transmitia para a Europa ocupada, levando mensagens de esperança (e códigos secretos para a resistência) através do famoso “V de Vitória” (três pontos e um traço em código Morse, o som da 5ª Sinfonia de Beethoven).

Do outro lado, a Alemanha nazista usava o rádio para espalhar medo e desinformação. No Brasil, o governo Vargas, que oscilava entre os lados no início, acabou por usar o rádio para mobilizar a população contra o Eixo após os torpedeamentos de navios brasileiros, convocando a nação para o esforço de guerra.

O rádio provou, naquele momento, que a informação era tão poderosa quanto qualquer canhão.

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